sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Júris simplificados devido à nova lei

21:16 |

A entrada em vigor da nova Lei que modificou procedimentos do Júri (nº 11.689 do Código de Processo Penal), trouxe agilidade aos julgamentos. Os efeitos foram constatados na prática nas primeiras sessões do Tribunal do Júri realizadas sob a nova legislação, nas Comarcas de Palmeira das Missões, Arvorezinha e Pelotas. Entre as alterações, destaca-se a simplificação de quesitos apresentados aos jurados. Palmeira das Missões Comarca de Palmeiras das Missões realizou no dia 13/8 o primeiro Júri com adoção dos novos procedimentos implantados por meio da Lei nº 11.689 do Código de Processo Penal. A Juíza de Direito da 1ª Vara Judicial, Keila Silene Tortelli, presidiu o julgamento dos réus Iran Carlos Nunes Trais e Wilson Lacerda de Mattos. Em conformidade com a nova lei, foi realizado somente um julgamento para os dois réus, devido à recusa dos jurados em realizar a cisão. A redução do tempo dos debates também colaborou para a celeridade do processo. Os quesitos apresentados aos jurados foram simplificados, sendo resumidos a uma única questão. Os réus, acusados de homicídio simples, foram absolvidos. Arvorezinha Em Ilópolis, Município jurisdicionado pela Comarca de Arvorezinha, o primeiro Júri em que os novos procedimentos foram implantados ocorreu ontem (13/8), na Câmara de Vereadores. O Juiz de Direito José Pedro Guimarães presidiu o julgamento de Endoli Paulo Piccoli, acusado do assassinato de seu irmão, Jandir Piccoli, em janeiro deste ano. Os quesitos, apresentados de maneira mais objetiva, estão entre as inovações utilizadas. O réu foi condenado a 10 anos e um mês de reclusão em regime inicialmente fechado, sem direito a apelar em liberdade. Pelotas A simplificação dos quesitos também foi um dos diferenciais no primeiro Júri realizado pela Comarca de Pelotas. Segundo a Juíza de Direito Nilda Margarete Stanieski, que realizou o julgamento no dia 12/8, isso proporcionou aos jurados a possibilidade de expressar com maior exatidão as suas conclusões. Anteriormente, muitos ficavam em dúvida quanto aos significados de alguns termos técnicos, observou. A magistrada salienta ainda que os integrantes do Júri utilizaram a possibilidade de fazer perguntas por intermédio do Juiz, o que também colaborou para a formação de uma convicção a respeito do caso. O réu Adair Borba dos Santos foi condenado pelo assassinato de Isabel Cristina Cardoso Aguinoni, com quem mantinha uma relação estável. O crime teria sido cometido porque Santos teria flagrado a vítima com outro homem. A pena foi fixada em oito anos em regime fechado.

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