terça-feira, 22 de abril de 2008

Procuradoria-Geral do Estado paga prêmio de produtividade a servidores que não trabalham

13:02 |

São 244 inativos a receber o bônus. Projeto que institui o subsídio eliminaria o benefício -
O prêmio de produtividade é pago mensalmente aos 523 servidores e procuradores na ativa e 233 aposentados da Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul (PGE). O fundo, instituído por uma lei em 2004, é abastecido por parte dos recursos de dívidas recuperadas na Justiça e dividido em partes iguais, de acordo com cada categoria. Por mês, a PGE destina R$ 1,2 milhão aos prêmios, que deveriam ser um incentivo para melhorar o empenho no trabalho. Segundo a procuradora-geral adjunta para assuntos administrativos, Cristine Leão, por uma questão constitucional, todos os servidores aposentados e em férias também recebem, mesmo não trabalhando na cobrança das dívidas.A reportagem da Rádio Gaúcha teve acesso a um contracheque de um procurador, com salário básico de R$ 6.280,00 e bônus por produtividade de R$ 6.250,00. Além desse prêmio, os procuradores ainda recebem indenização por uso de veículo particular e por uso de equipamento particular de informática. São mais R$ 120 mil mensais no total. No caso dos veículos, é necessário apresentar apenas a ata da audiência realizada no interior do Estado.A PGE negocia com a Assembléia Legislativa a votação do projeto que implanta o subsídio no Estado. Mas, mesmo com fim de diversos benefícios, como o prêmio de produtividade, se a proposta for aprovada, o valor da folha de pagamento da Procuradoria aumentaria em até R$ 2 milhões por mês. Atualmente, o valor está em R$ 8,7 milhões mensais.Milena Shöeller milena.schoeller@rdgaucha.com.br

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